Total de visualizações de página

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

TÊNIS X FRESCOBOL - Rubem Alves

Depois de muito meditar sobre o assunto, conclui que os casamentos são de dois tipos: há casamentos do tipo tênis e do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de vida longa.

Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzche , com a qual concordo inteiramente. Dizia ele : _"Ao pensar sobre a possibilidade de casamento, cada um deveria fazer a seguinte pergunta : Crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a sua velhice ?" Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.

Nos contos das "Mil e uma noites", Sherazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam com a morte, como no filme "O Império dos sentidos". Por isso, quando o sexo já está estava morto na cama, e o amor não mais podia dizer através dele, Sherazade o ressuscitava pela magia da palavra. Começava com uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade; é o amor que ressuscita sempre depois de morrer. Há carinhos que se fazem com o corpo e carinhos que se fazem com as palavras. Não é ficar repetindo o tempo todo "eu te amo, eu te amo ".

O tênis é um jogo feroz. Seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada - palavra muito sugestiva que indica seu objetivo sádico, que é cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar, porque o adversário foi colocado fora do jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza do outro.

O frescobol se parece muito com o tênis : dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la e não há ninguém derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra, pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol é como ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir...

E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos. A bola são as nossas fantasias, irrealidade, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho para lá , sonho para cá. Sonho para lá, sonho para cá...

Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. O jogo de tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo como bolha de sabão. O que busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui , quem ganha, sempre perde.

Já no frescobol é diferente. O sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois sabe-se que, se é sonho é coisa delicada, do coração. Assim cresce o amor. Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então, que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Agradecimento

Agradecemos publicamente ao Prof.Osvaldo da empresa DUSON, pela doação da CAMISA DA SELEÇÃO BRASILEIRA DE SHOWBOL, ao projeto "Escalada para a Vida".







História do SHOWBOL

Foi criado em 1969 por Joe Martin, ex-jogador de campo húngaro. No final de sua carreira, Joe foi jogar em Toronto no Canadá. Devido às baixas temperaturas, criou um esporte com as regras do futebol de campo, mas jogado em quadras de salão, acrescentando o elemento da tabela que dá mais dinâmica às partidas.

Curiosidade: É o esporte mais praticado nas Plataformas da Petrobrás na Bacia de Campos desde sua fundação aos dias atuais, dado aos limites impostos a quadra dessas plataformas.

Atualmente, a modalidade vem ganhando espaço em canais da televisão fechada. Sendo assim, vários ex-jogadores de reconhecimento no futebol brasileiro já tiveram a oportunidade de servir a seleção, dentre eles:





sábado, 4 de dezembro de 2010

DICA DE FILME: SHOW DE BOLA

Estamos divulgando um filme muito interessante, ele narra o desejo e as dificuldades de um adolescente em se tornar jogador de futebol. Assistam e comentem sobre o filme. Vamos refletir juntos?

Sinopse:

Rio de Janeiro. Confrontado com a violência existente na favela em que vive, Tiago (Thiago Martins) vê como única saída se tornar um jogador de futebol e, desta forma, ajudar sua família a ter uma vida melhor. Embora seja o melhor jogador de seu bairro e as chances de ser descoberto por um olheiro sejam boas, ele enfrenta uma série de problemas. Um deles é Tubarão (Lui Mendes), o líder da gangue mais poderosa da favela, que deseja que Tiago trabalhe para ele como traficante. Para complicar ainda mais a situação Tiago se apaixona por Juliana (Naima Santos), a irmã de Tubarão.



Mais informações sobre o filme: SHOW DE BOLA